sexta-feira, 11 de abril de 2014

Nota em apoio à Frente Independente Popular do Rio de Janeiro




Saudações às valentes companheiras da FIP-RJ!
Saudações aos destemidos companheiros da FIP-RJ!
Um salve para toda juventude combatente!

A FIP do Rio é um exemplo para a juventude do Recife. Quando os protestos diminuíram a sua potência no segundo semestre de 2013, foram os companheiros da FIP-RJ que mantiveram a bandeira erguida e a fogueira de junho acesa. Desde a final da Copa das Confederações, em julho, os protestos prosseguiram, mesmo menores. Esta persistência foi fundamental. Devido a esta persistência aconteceram as marcantes manifestações do 7 de setembro, que interrompeu o desfile militar, e em outubro em apoio à greve dos professores.

Esta decisão de não sair das ruas inspirou as manifestações de Recife em agosto, setembro e outubro. E certamente, as lutas do Rio colaboraram para o reimpulsionar da luta em São Paulo e Porto Alegre. Após a morte do cinegrafista Santiago e a cruzada fascista da mídia marrom, a FIP se levantou corajosamente contra a perseguição e se manteve na luta. 

No dia 1º de abril, a FIP-RJ enfrentou o batalhão de choque na frente do Clube Militar. Pedras e tinta vermelha foram lançadas contra a fachada do clube de oficiais da reserva que anualmente celebram os regimes dos torturadores. Na mesma noite, a sede do PSTU teve uma vidraça de sua sede quebrada. Imediatamente, apontaram seus dedos duros contra a FIP-RJ e o MEPR acusando-os de responsáveis pelo ato. Acusação leviana e irresponsável, contra movimentos perseguidos pelo velho Estado reacionário. Publicam uma nota nacional com estes ataques e não citam sequer o nome das pessoas que teriam identificado como autores do ataque. Depois postaram um vídeo, onde dizem comprovar a autoria. Com imagens do circuito interno do prédio da sede deles, colocam uma legenda dizendo que um rapaz se identificou como “André da FIP”. 

Em suas próprias imagens, não há ninguém com faixa, bandeira ou adesivos da FIP ou do MEPR. Baseados em que fazem está tão grave acusação? No vídeo publicado no dia seguinte o PSTU não se refere mais ao MEPR. Quer dizer que concluíram que este movimento não participou da ação? Por que não se retratam e pediram desculpas a este movimento? Ao contrário, ainda exigiram da FIP-RJ e do MEPR notas em defesa do PSTU. Seria irônico se não fosse trágico, acusam os movimentos de fascistas e depois cobram destes mesmos notas de solidariedade?

 “A história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa.” A repetição dos ataques à juventude combatente. Em outubro, o eterno candidato do PSTU, postou no twiter: “chega de Black blocs”; este mesmo partido propôs na assembleia dos professores em greve uma moção de repúdio aos jovens de preto. O resultado? Foram massivamente rechaçados pelos educadores que agradeceram a proteção dos jovens contra a agressão policial. Após a morte do cinegrafista da rede Bandeirantes, rapidamente se apressaram em declara à rede Globo, que o PSTU foi o primeiro partido a criticar publicamente os Black blocs. Agora, mais uma vez somam-se no ataque à juventude lutadora, a FIP-RJ, jogando água no moinho da reação. 

Afirmam que não dão um “cheque em branco” para a FIP-RJ e aos Black Blocs. Como se a juventude brasileira precisasse de alguma garantia por parte destes oportunistas para seguir a luta contra a copa. Falam em “democracia operária” mas impediram que companheiros da FIP entrassem no SINPETRO, inclusive petroleiros filiados a este sindicato, pra tentar defender a FIP das acusações (http://vimeo.com/91437000). 

Em Recife no dia 1 de abril a FIP participou do ato promovido pela APAP –Associação de Pernambucana de Presos e Anistiados Políticos- juntamente com outros partidos e organizações, incluindo o PSTU. Após ato na Praça do Diário a FIP-PE saiu em manifestação pelas ruas do Recife se dirigindo ao hospital do exercito, local onde eram presos e torturados os opositores do regime militar. Durante a manifestação o estudante Elvis Magalhães, que cobria o ato foi preso pelo exército e levado para as dependências desse quartel. Diante de tão grave violação de direitos, o PSTU não manifestou qualquer solidariedade.

Por fim, vemos com muita preocupação o fato do PSTU ter registrado queixa na delegacia sobre o ocorrido, inclusive envolvendo o nome de companheiros e de organizações. Tal fato é muito grave, é reconhecer a polícia, a mesma que persegue, reprime e assassina diariamente o povo, como mediador legítimo do conflito. É dar a repressão a senha que ela precisa pra criminalizar os movimentos populares mais combativos dos Rio.

 Abaixo os ataques levianos e mentirosos contra a juventude combatente!
Não vai ter Copa!
Rebelar-se é justo!

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